quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Coppola e seu ''cinema de autor''


Uma película recentemente apresentada na última mostra de Cannes, vem ganhando elogios e aparatos de clássico, daqueles que não perdem o encanto com o passar dos anos, e que mexe com os amantes da sétima arte como na fotografia de ‘8 e ½ ‘”de Federico Fellini, as expressões faciais das atrizes em ‘ Persona’ de Ingmar Bergman ou mesmo na revolução da Ficção Científica em ’ 2001- uma odisséia no espaço’ de Stanley Kubrick. Claro que este novo ‘’sucesso’’ não remete a nenhum dos termos dos exemplos acima, a não se claro, de se tratar de um filme com uma notoriedade de já nascer clássico.
O novo filme e grande surpresa até o momento é do Cineasta Francis Ford Coppola que dirigiu nada mais nada menos que a trilogia do Poderoso Chefão e Apocalypse now, entre outros. Então não é de se esperar porcaria. Neste filmes o cineasta mesmo não esconde a alegria de ter criado um filme mais pessoal, o chamado ‘’autoral’’ onde ele mesmo intitulou como ‘’segunda carreira’’.
O filme é um drama que mostra a rivalidade dentro de uma família, onde próximo a completar 18 anos um garoto viaja a Argentina para reencontrar seu irmão mais velho. No decorrer do do filme, é de se apreciar os belos ângulos de fotografia e os diálogos, que nos prende numa tensão sobre conflitos e confrontos familiares. Destaque para as filmagens em preto e branco, e para as atuações de Carmen Maura e Vicent Gallo.
Ousaria dizer que é um dos melhores filmes do ano, ao lado do polêmico ‘’O anti- cristo’’ do dinamarquês Lars Von Trier. Para quem interessar, tai minha dica. Uma boa sessão.

3 comentários:

  1. Falando em fotografia em preto e branco, vale a pena ver A FITA BRANCA de Michael Haneke, que ganhou a Palma de Ouro o ano passado. Cada quadro é digno de ser pendurado na parede e a curiosidade é que o filme foi rodado em película colorida e só depois a cor foi suprimida...
    Bjs

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  2. Nossa Ana, valeu pela dica, muito interessante o filme ter sido gravado em colorido e só depois ter suprimido a cor, fiquei na curiosidade de saber como chegaram a isso (de descobrir o filme em preto e branco, ou se foi propositalmente o estilo de filmagem). Mais um filme pra entrar pra minha listinha para ver em 2010 :)

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  3. Cinema de autor... eu nunca vi graça nenhuma naquele blá blá blá do Glauber Rocha. A geração anos 60 era pretensiosa.. achava q ia mudar o mundo. Tão tudo quarentão, cinquentão hj calçando seus chinelos, concluindo que não há mais tempo..

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