quarta-feira, 31 de março de 2010


A Ovelha desgarrada do Rock Nacional está de volta. Pra quem é fã de Indie Rock, música brasileira, independente, com voz doce e guitarras pesadas, de letras irônicas com melodias divertidas, da banda que em 2001 esteve entre as 10 melhores bandas do mundo fora dos Estados Unidos 2º a Revista Times, ao lado de nada mais nada menos que U2 e Radiohead, terão uma surpresa em breve.
Calma gente, não estou falando de NX Zero, nem do Fresno, muito menos do Cine (se é que existe alguma pior que essas).
E sim, do PATO FU. O décimo disco da melhor banda de Pop/Rock Nacional dos últimos 15 anos está sendo produzido. Espero que minha ansiedade suporte, pois quando esperei o Ie Ie Ie do Arnaldo Antunes, ela não me deu brecha.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Outra semana começa


Acabou minhas férias, amanhã volto a trabalhar. Estou sem sono, e também sem inspiração para escrever, mas ao mesmo tempo morrendo de vontade de postar um texto novo no meu recente blog.
Não estou delirando, mas mesmo assim me sentindo o protagonista do filme Barton Fink (sem inspiração, mas com uma certa obrigação de escrever), com o intuito e responsabilidade de atualiza- lo.
Enfim, mesmo tendo que começar toda uma semana pela frente, estou feliz. Meu time ganhou (de novo), meu irmão arrumou um emprego, ontem vi uma amiga querida, terminei mais um livro, e já faz quatro dias que não preciso tomar remédio pra dor de garganta por ter abusado no sorvete.
Se isto é importante? Pra mim sim, e espero que para meus amigos também.
Aqui vai umas dicas pra semana:
- Não se deixem ser influenciado por fãs de Avatar
- Não atendam o celular logo cedo, pois se for uma cobrança seu dia pode acabar
- Ouça boa música, mesmo que seus vizinhos te achem louco e não te entenda
- Não acreditem na filosofia Xuxa, a vida é dura e nem ’Todo mundo tá feliz...’
- Quando alguém te encher, diga educadamente: fica quietinho pra eu gostar de você
- E se protejam, pois o sol nasce pra todos.

quinta-feira, 11 de março de 2010

O FILME QUE MARCOU MINHA VIDA


Persona (Quando duas mulheres pecam) é o filme que abriu minha mente para Cinema arte, cinema de verdade, cinema do mestre sueco INGMAR BERGMAN , a filosofia e arte em geral.
Com Bergman aprendi a ter muitas perguntas na vida, e este filme considero o melhor que eu já vi (ao lado de 8 ½ de Federico Fellini, o Atalante de Jean Vigo e Rashomon do Akira Kurosawa).
Chocante, aterrorizador, fascinante.
- A crise de Elizabeth Vogler (Liv Ullman):
Elizabeth Vogler é uma atriz que tem uma crise de silêncio. Detalhe que isso acontece após ela interpretar ‘Elektra’. Começa a sua representação através do silêncio, tentando se reencontrar ou achar respostas, justamente por não suportar viver no meio de uma representação, de uma mentira. Pois nos remete que, viver é representar, e, representar, é mentir.
Uma atriz representa o papel de atriz quando está no palco, o de mulher para com o marido e o papel de mãe quando está com o filho. Isso a coloca em uma crise de identidade, como se perguntasse, mas quem sou eu na verdade? Qual a minha verdadeira identidade? A vida de atriz, de interpretar vários personagens e personalidades, fez ela perder sua persona original.
No silêncio aparece a resposta?
O cotidiano é um eterno representar? Representamos à todo momento na vida? Entra a incerteza. Quem somos realmente? Como compreender o mundo idealista? O problema antológico de saber quem realmente somos, o que é de fato e o que aparenta ser? O mundo é um mundo de aparência? Não é possível chegar a verdadeira realidade. Falar é começar a mentir? O silêncio é a resposta? A particularidade confundi a realidade? Ver as coisas já é interpretá-las? Já é deixar nossa particularidade interfira no que parece? A crise é insuperável? Estamos sempre representando nossos papéis sociais? Como chegar a verdadeira realidade sem deformá- la?
Este filme será para sempre, o melhor de todos os tempos, e Ingmar Bergman, o maior autor de todas eras do cinema. Viva o cinema de qualidade, viva Persona.

terça-feira, 9 de março de 2010


É como na religião: quanto pior vive um homem ou quanto mais desamparado ou mais pobre é todo um povo, mais obstinadamente ele sonha com a recompensa no paraíso

quarta-feira, 3 de março de 2010


Terça feira chuvosa com aquele tempinho frio, como amo, aí (não me perdoarei, pelo ‘’tempinho’’ frio). É que detesto quem fala e/ou escreve no diminutivo. Tipo: amorzinho, queridinho, barzinho.
Sim, sou chato mesmo, tá pensando que é só isso que me aborrece? Lembra das vizinhanças que temos (principalmente os mais idosos) que parece não ter nada o que fazer a não ser saber quando você saiu, chegou, que horas e com quem? Então, isso me faz lembrar Arnaldo Antunes: ‘‘Se uso camisola, camiseta ou camisinha, também não é da conta da vizinha’’.
E aquelas pessoas super legais, que te pegam na fila da padaria, do banco ou mesmo do ônibus e puxa aquela conversa fiada e acha que tá arrasando e não percebe que mostramos o dente num sorriso forçado pensando (porque esqueci de pegar o fone de ouvido). Dá-lhes Arnaldo Antunes novamente: ‘’...sobre vidas alheias ou como elas são feias...quem quiser papo comigo tem que calar a boca enquanto eu fecho o bico, e estamos conversados’
Depois não venham falar que sou insuportável ? Eu!!! Não, não. Apenas chato, criterioso ou como quiser me chamar. Pois não tenho tempo pra cuidar da vida alheia, muito menos ‘pra pegar um cineminha, ouvir uma musiquinha, ir num barzinho, comer alguma coisinha e qualquer outro inho(a).
Falando em música, todos já devem ter ouvido o veículo que vende gás, daí toca sonata ao luar do Beethoven em um timbre esquisito. Me pego ouvindo esta sonata de vez em quando e sempre tem um desocupado que se digna ouvir boa música e se satisfazer em dizer com orgulho de quem conhece uma obra prima: ah, é a musiquinha do gás.
Não é musiquinha, e muito menos do gás. Não tenho culpa se trocaram o timbre do piano por um timbre qualquer e se as pessoas foram criadas apenas ouvindo as FM’s da vida, aquelas que te obrigam a ouvir a mesma canção dez vezes por dia e depois dizem que são as mais pedidas da semana, lógico, como vou escolher outra se só tocam aquelas. Nessas horas Beethoven deve arranhar seu túmulo de indignação. Outra se fosse musiquinha não precisava de um Nelson Freire para interpretá-la, meu colega que ousa tentar tocar seus pagodes conseguiria.
Nestas mesmas FM’s tocam muito também, aquelas (ouso dizer canções chiclete?) aquelas músicas que tocam naqueles programas no final da tarde e começo da noite, que faz 90% dos brasileiros sentar no sofá pra saber se um personagem traiu ou não o outro, ou se este ou aquele vai ser eliminado. TV brasileira gente, só nos ensinam coisas boas com suas novelas e BBB’s . Mando mais Arnaldo Antunes pra elas: Gastando olho na novela das sete, aja saliva para tanto chiclete, gastando o pensamento com Elisabeth.
E aqueles cidadão que também não gostam de televisão? Mas preferem festas de peão? Aquele lugar que ao invés de dizer segurar peão, deveria segurar um monte de malas bêbados que usam chapéu, cinturão e botinas de couro, esse lugar é inacreditável. Canecas com cervejas na mão, poeira no chão e conversas de montão. Já pensou sentar do lado daquelas meninas que pensam estar abalando, e puxar um conversa, como: você gosta de ler?
(EU) Você gosta de ler? Já ouviu falar em Dostóievski, Cervantes?
(ELAS) Que isso, é de comer? (que graça). Gosto de ler revistas tipo contigo, caras, capricho...
(EU) Costuma ir em outros lugares onde tocam músicas de verdade?
(ELAS) (com aquelas gomas de mascar) Ah, eu, tipo, adoro micaretas também. Você gosta?
(EU) Não, não. ME NO CARETA

Cansei, estou perplexo.